
Ficha Técnica
Título: O Teorema Katherine
Título Original: An Abundance of Katherines
Autor: John Green
ISBN: 978-85-8057-315-2
Páginas: 302
Ano: 2013
Tradutor: Renata Pettengill
Editora: Intrínseca
Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam. Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.
Resenha
“O Teorema Katherine” é um misto de roma, ter na uva, diaméco e uma pitada de cimetamáta[1]. Apesar de ser o segundo livro de John Green e publicado seis anos antes de “A Culpa é das Estrelas” (Resenha aqui), “O Teorema Katherine” comprova a criatividade, majesticidade e visão humana do autor, que através de uma história relativamente simples, consegue criar personagens tão marcantes que conseguem transbordar os limites das páginas.
Colin Singleton é um rapaz peculiar: jovem (17 anos), meio judeu, inteligente (um prodígio[2] para ser mais exato), com poucos amigos (somente um), viciado em anagramas e apaixonado (muito apaixonado)... por Katherines. Colin, apesar de tudo, já namorou 19 garotas, todas elas com o nome Katherine, e em todos os casos ele foi abandonado por elas.
Quero chorar, então devo estar chorando, mas é impossível dizer ao certo dentro d’água. E não estava. Estranhamente, estava deprimido demais para derramar lágrimas. Magoado demais. A sensação era de que Katherine havia roubado dele a parte que chorava.Após tomar um pé na bunda da Katherine XIX, Colin fica deprimido e seu melhor amigo Hassan, um gordinho muçulmano muito engraçado, convence-o a se jogar de cabeça em uma viagem de estrada (a famosa road trip).
Pág. 8
Desta forma os dois saem da cidade de Chicago sem um rumo certo. O objetivo da viagem é superar o último rompimento de Colin, e no meio da aventura os rapazes chegam à cidade de Gutshot no Tennessee, um lugarzinho no meio do nada e repleta de pessoas acolhedoras, como Hollis, a dona da maior fábrica da região e que está interessada na mão de obra de Colin e Hassan, oferecendo-lhes um emprego de Verão em troca de casa e comida e um singelo sálario de 500 doláres por semana.
- Sou bom em códigos e coisas assim. E sou bom em, tipo, truques linguísticos, como anagramas. Para falar a verdade, isso é o que eu mais gosto de fazer. Posso criar anagramas para qualquer coisa.Em Gutshot, os meninos conhecem Lindsey, a filha de Hollis, que os ajuda em seu novo trabalho: entrevistar os moradores da cidade, na tentativa de colher informações dos cidadões para a construção de um memorial histórico de Gutshot. Enquanto isso, Colin continua sentindo saudades de Katherine XIX, e tenta a todo custo reatar com ela.
Pág. 106
Assim, ele decide criar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines (TFPK), onde ele pretende provar a possibilidade de descobrir a duração de qualquer relacionamento e qual dos dois envolvidos será o responsável pelo termíno do namoro. O TFPK seria a maneira encontrada por Colin de provar ao mundo sua importância como ser humano e talvez assim se tornar um gênio.
Colin não conseguia fazer o Teorema funcionar e presumiu que seu momento eureca tinha sido alarme falso. Imaginar o Teorema só demandou um prodígio, mas completá-lo de verdade demandaria um gênio. Resumindo: comprovar o Teorema requeria ser mais importante do que Colin era.Colin então fará de tudo para fazer com que o seu Teorema funcione, aumentando as chances de conseguir reconquistar o amor de K-19. Todo esse processo será uma forma de auto-descobrimento, uma evolução que transcederá os limites da matemática e que resultará numa aventura nunca antes vivida por Singleton.
Pág. 142
Você é como um raio de sol num dia nublado, Singleton. Quando faz frio lá fora, você é o mês de maio.
Pág. 173

- É só que eu aprendi um tempo atrás que a melhor forma de fazer as pessoas gostarem de ocê é não gostar muito delas.Além de John, devo dar parabéns para Daniel Biss, amigo de Green, renomado matemático dos EUA e responsável por criar toda a parte de cálculos do Teorema de Colin (sim, existe números e equações reais no livro), à Renata Pettengill, a tradutora, que teve um trabalho danado em adaptar os anagramas, mas que, com muita competência, conseguiu realizá-los. Parabéns também a equipe responsável pela capa, que apesar da simplicidade, consegue passar toda a excência do livro.
Pág. 196
John Green com certeza já consolidou seu nome no mercado nacional, ocupando atualmente o primeiro lugar da lista dos mais vendidos (ficção). E que “O Teorema Katharine” tenha o mesmo fugging[3] destino.
- Também não estou vendo você.
- A gente é invisível. Nunca vim aqui com ninguém. É diferente ficar invisível com alguém.
Pág. 198
[1] Amor, aventura, comédia e uma pitada de matemática.
[2] O sonho de Colin é ser um gênio. Existe diferença entre ser prodígio e um gênio. Mais informações no livro.
[3] Fug, fugging, fugged, etc são palavras utilizadas durante todo o livro. O porque de e os seus significados, só lendo o livro.

Tácio
Eu sou doida para ler os livros do John Green, já me recomendaram e tanto! E também venho vendo boas críticas a cerca de suas obras! Se é realmente tão bom assim, preciso garantir os livros dele logo ! *-*
ResponderExcluirEu amei esse livro!
ResponderExcluirDevorei rapidinho!
Ótima dica
Beijinhos
Rizia - Livroterapias
Livroterapias
já me falaram tão bem dele, mas ainda não li nada desse autor...me falaram que A culpa é das estrelas é ótimo
ResponderExcluirEu quero muito esse livro, o John é fantástico e tenho certeza que vou adorar mais essa obra dele. Só estou esperando minha lista de leitura diminuir para comprar o livro.
ResponderExcluirEsse livro parece ser maravilhoso, já li tantas resenhas e todas falam tão bem sobre ele! Vou ler, mas eu ganhei ele na semana do livro só que ainda não recebi. Mas quando chegar vou ler, com certeza!
ResponderExcluirAchei legal esta teoria dele das Katherines, o autor escreve realmente muito bem, não importa se é um livro recente ou mais antigo.
ResponderExcluirAchei super legal o autor convidar um matematico para ajudar nos teoremas..e não sair inventando qualquer coisa,
beijos.
Não sei porque até então esse livro não tinha chamado minha atenção, apesar de gostar do autor.
ResponderExcluirMas agora lendo sua resenha, mudei minha opinião, deu pra ter uma ideia melhor do livro e eu gostei. Com certeza vai pra minha lista de metas.
Louco por esse livro, hoje mesmo comprei A Culpa é das estrelas, e quero muito ler A culpa é das estrela para que eu possa saber mais da escrita do autor, mas também quero ler todos os livros dele. Adorei a resenha, ler K-19 parece está se referindo a um projeto científico haha.
ResponderExcluirOi Tácio,fiquei fã do John Green depois de ler A Culpa é das Estrelas,fiquei mais ainda com vontade de ler depois de sua resenha maravilhosa,parabéns!!!
ResponderExcluirGostei da sinopse,do protagonista ser um garoto -Colin e dessa ideia dele de que dá para prever quem vai terminar o relacionamento, sem falar no fato curioso dele ter namorado 19 Katherines?
Adorei o fato que começar a resenha com um anagrama. Usar a legenda e citar os 'Fug, fugging, fugged'. rsrsr Esse livro é perfeito! E nos presenteia com vários quotes maravilhosos.
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