Ficha Técnica
Título: Uma Loucura e Nada MaisTítulo Original: The Escape
Autor: Mary Balogh
ISBN: 978-85-8041-973-3
Páginas: 272
Ano: 2019
Tradutor: Lúcia Brito
Editora: Arqueiro
Depois de sobreviver às guerras napoleônicas, Sir Benedict Harper está lutando para seguir em frente e retomar as rédeas de sua vida. O que ele nunca imaginou era que essa esperança viesse na forma de uma bela mulher, que também já teve sua parcela de sofrimento. Após a morte do marido, Samantha McKay está à mercê dos sogros opressores, até que planeja uma fuga para o distante País de Gales para reivindicar uma casa que herdou. Como o cavalheiro que é, Ben insiste em acompanhá-la em sua jornada. Ben deseja Samantha tanto quanto ela o deseja, mas tenta ser prudente. Afinal, o que uma alma ferida pode oferecer a uma mulher? Já Samantha está disposta a ir aonde o destino a levar, a deixar para trás o convívio com a alta sociedade e até mesmo a propriedade que é sua por direito, por esse...
Resenha
Demorou, mas chegou! Uma Loucura e Nada Mais, terceiro livro da série Clube dos Sobreviventes traz a continuação das histórias de superação desses amigos que encontraram uns nos outros, e em si mesmos, forças para lutar contra as sequelas deixadas pelas Guerras Napoleônicas.

Assim como vimos na história de Vincent, Ben se sente sufocado com a proteção da família e creio que no caso deles, as sequelas realmente inspirem isso na família – Vincent ficou cego e Ben consegue, após diversas cirurgias e muito exercício, “andar” com a ajuda de muletas especiais.
— P-prefiro estar aqui - disse Flavian. - Se algum dia um de nós sair daqui infeliz porque não c-conseguiu confiar nos demais, então será melhor p-parar de vir. Afinal de contas, George mora nos confins da Cornualha. Quem v-viria só pela paisagem?Conhecendo um pouco mais sobre Ben, descobrimos que ele é o irmão do meio de quatro – Beatrice, Wallace, Ben e Calvin -, mas sempre foi mais próximo da irmã e que, assim como Wallace sempre quis seguir na política (e isso ficou mais forte depois que herdou um baronato) e Calvin tinha interesse na administração da propriedade deles, Kenelston, Ben queria ir para o exército e durante muitos anos seguiu seu caminho, construiu uma carreira, mas na mesma semana em que Wallace sofreu um acidente e morreu, deixando para ele o baronato e as responsabilidades que vinham com ele, Ben foi atingido em campo e praticamente morreu.
P. 11
Enquanto os anos passavam e ele lutava contra todas as possibilidades em Penderris Hall (morrer ou nunca mais voltar a andar), Calvin – que já administrava tudo para Wallace – continuou seu trabalho e, para Ben, estava tudo certo. O problema começou quando ele voltou para casa, mas com o irmão, a cunhada e os sobrinhos vivendo debaixo do mesmo teto que deveria ser sua residência, sem deixar que ele faça absolutamente nada, mostrou para ele que ali não era o seu lar.
— Longe disso — disse ele. — A dor não é insignificante. Tampouco a perplexidade ou o medo. Ou condições como pobreza ou falta de moradia. Mas em algum lugar, em algum lugar, há paz. E nem é um lugar distante. Esse lugar está bem dentro de nós, sempre presente, na verdade, apenas esperando olharmos para dentro para encontrá-lo.Mas, após três anos de sua saída de Penderris Hall e com 29 anos, Ben precisa decidir o que fará da sua vida agora que finalmente entendeu que não poderá voltar para o exército, mas também não tem interesse em ser administrador. Sua única certeza é que continua sendo um homem de ação, mas agora com os movimentos reduzidos e limitados. É por isso que, saindo da reunião com os amigos na Cornualha, ao invés de ir para casa, ele vai para Robland Park passar algumas semanas com a irmã enquanto ela se recupera de uma forte gripe e, em sua primeira tentativa de saltar um obstáculo a cavalo, quase acerta a vizinha de sua irmã, a viúva Samantha McKay.
P. 155
Samantha cuidou do marido sozinha em Bramble Hall por cinco anos, desde que ele retornou da guerra gravemente ferido, mas, apenas em seus últimos dias de vida, a irmã de Matthew – Matilda – veio para ajudá-la – era melhor nem ter vindo 🙄. Quatro meses depois da morte do marido, Samantha está saindo do torpor que a situação lhe causou e o convívio com a cunhada tem sido cada vez mais difícil, afinal está claro para ela que o objetivo de Matilda é vigiá-la, pois seu sogro, o conde de Hearthmoor, tem regras muito rígidas de comportamento e o fato dela ter ¼ de sangue cigano correndo nas veias certamente é garantia de mau comportamento 🙄.
Embora tenha apenas 24 anos, quando Ben conhece Samantha acha que ela é uma matrona por conta da roupa de luto profundo que ela está usando, que não foi ajustada ao tamanho dela e, a forma como eles se conheceram, que não foi nada cordial e convencional. Mas, após as desculpas, eles se tornarão amigos e ajudarão um ao outro a recomeçarem.
Às vezes é bom simplesmente se esquecer de tudo o que talvez se devesse lembrar, e simplesmente viver o momento.Samantha quer ser livre e viver, mas não tem apoio da família de seu marido e muito menos do que sobrou de sua família, um meio-irmão, e encontrará em Ben uma pessoa aberta a ouvi-la, hábito ele que aperfeiçoou nos anos que passou na Cornualha. Ben precisa encontrar seu caminho, descobrir uma atividade que possa exercer com as limitações físicas que tem e conhecer e conviver com Samantha também lhe mostrou que ele está vivo para o amor, algo que ele não pensava enquanto estava se recuperando. A questão depois disso é: como lidar com as marcas do seu corpo?
Às vezes o momento é tudo o que realmente importa.
P. 177
A história nesse livro é linda e me surpreendeu. A forma como Mary construiu a relação entre Ben e Samantha, gradualmente e sem nada daquelas situações forçadas, tornou o livro ainda mais interessante. Só preciso ressaltar que, embora eu tenha gostado bastante da história, achei que houve um destaque maior para a história de Samantha do que para a de Ben, que é um dos integrantes do Clube dos Sobreviventes, que nomeia a série, queria mais dele.
Bem, enquanto espero o quarto livro da série, lerei o conto O Pretendente, para curtir um pouco mais da escrita da Mary Balogh 😉.
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P.S.: Se quiser adicionar esse livro na sua lista de leitura do Skoob basta clicar na capa que você será redirecionado para a página do livro no Skoob. 😉
adoro romance histórico, gostei mt da sua resenha desse e fiquei curiosa com a leitura
ResponderExcluirwww.tofucolorido.com.br
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Obrigada, Lívia!
ExcluirSou completamente apaixonada pelos romances de época, então acho que as resenhas são ainda mais recheadas de sentimentos. ☺️
Beijos
Amo romances históricos e essa autora descreve super bem
ResponderExcluirEspere ler em breve
Verdade, Eliane. A Mary arrasa!
ExcluirEspero que você possa ler em breve. Já iniciou a leitura dessa série? O que está achando?
Beijos
Preciso tanto ler este livro e os anteriores da série. Amo as letras da Mary, apesar de conhecer bem pouco, mas dá para ver que todo o universo que ela criou é fabuloso, não somente pelos cenários, mas pelas personagens fortes e donas de si.
ResponderExcluirMas claro, não se esquivando do amor..rs
Quero muito ler!
Beijo
Verdade, Angela. A Mary tem um escrita ímpar e nessa série Clube dos Sobreviventes ela aborda assuntos mais profundos do que na série Os Bedwyns. Amo as duas 😍
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